Realizou-se, no dia 8 de julho, a Assembleia Geral da AMARSUL em que foi discutida e votada a proposta de distribuição de dividendos pelos acionistas, com o montante global acumulado de mais de 5 milhões de euros.
A proposta que, em sede de Conselho de Administração, já tinha merecido o voto contra dos administradores indicados pelos municípios, e que mereceu o vivo repudio de eleitos locais, trabalhadores e populações da Região em Manifestação realizada hoje em Setúbal (onde foi aprovada uma Moção), foi amplamente debatida na Assembleia Geral, com os Municípios a defenderem que os valores em causa são resultado da gestão da AMARSUL anterior à privatização da EGF – Empresa Geral de Fomento e que devem ser investidos na modernização da AMARSUL, na melhoria do serviço prestado e das condições de trabalho, contribuindo para o não agravamento das tarifas.
Apesar de toda a argumentação, a Mota Engil, através da EGF que detém 51% da AMARSUL, insistiu na aprovação da proposta que contou com os votos contra de todos os Municípios presentes na Assembleia Geral.
Com esta decisão confirma-se que a AMARSUL, com a privatização da EGF, deixou de ter como objetivo fundamental a prestação de um serviço público de qualidade, estando hoje sujeita primordialmente ao objetivo do acionista privado: o lucro.
A Região de Setúbal não deixará de defender um serviço público de gestão de resíduos sólidos urbanos de qualidade, ao serviço das populações e do enriquecimento ambiental da região, manifestando através dos meios ao seu dispor a sua oposição a quem vê neste serviço um mero negócio lucrativo.
Setúbal, 8 de Julho de 2016