É já no dia 12 de novembro, a partir das 9:30h, que se vai realizar, no auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, o IV Fórum de Desenvolvimento Local, promovido pela Rede para a Empregabilidade do Barreiro/Moita, em colaboração com as Câmaras Municipais da Moita e do Barreiro, com o tema principal “O Rio – Um Mar de Oportunidades”.
O Fórum de Desenvolvimento Local é um ponto de encontro e de debate entre cidadãos e atores locais, públicos e privados, que visa, no essencial, incentivar o desenvolvimento socioeconómico dos territórios do Barreiro e Moita. Através das diferentes perspetivas das entidades que intervêm nesta região, pretende-se dinamizar o surgimento de novas iniciativas que fomentem o diálogo, a intercooperação, a competitividade e a empregabilidade nestes concelhos, juntando empresários, administradores públicos, entidades formadoras, autarquias, associações que operam nesta região, entre outros, num importante debate que construa uma visão partilhada para o desenvolvimento socio territorial.
Os territórios do Barreiro e da Moita desenvolveram-se em torno do Estuário do Tejo que se apresenta, hoje, como um motor de desenvolvimento socioeconómico de base local, no quadro dos desafios do Portugal 2020.
Participe! As inscrições podem ser efetuadas em www.empregabilidadebm.pt. Mais informações através do email: empregabilidadebm@gmail.com ou do tlm: 967920681.
Programa do IV Fórum de Desenvolvimento Local
9:30h - Boas Vindas - Visionamento do vídeo da REBM
9:45h – Abertura – Presidentes das Câmaras Municipais da Moita e Barreiro
10:10h – “De Fórum a Fórum: A Paixão e a Educação para o Rio” – REBM - Joaquim Raminhos
10:25h – “Perspetivas e Desafios Futuros da Região” – IPS - Pedro Dominguinhos
10:45h- Pausa para café
11:00h – “A Importância das Redes de Intercooperação Locais na Promoção do Emprego e Empreendedorismo” - Instituto de Emprego e Formação Profissional – a confirmar
11:15h – “Das Necessidades à Solução - Apresentação da Rede de Apoio ao Desenvolvimento Local” (Mesa Redonda - Baía do Tejo; MRMF, Lda.; Confederação Portuguesa das Pequenas e Médias Empresas; Escola Superior de Tecnologia - IPS) – Moderação - Augusto Sousa
12:15h - Assinatura do Acordo de Cooperação – Rede de Apoio ao Desenvolvimento Local – RADL-BM
12:30h - Almoço
Tarde:
14:00h - Oficinas de Trabalho:
1. Desafios e Oportunidades da Plataforma Portuária do Barreiro – Moderação: Sérgio Barroso – Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional e Urbano
2. Ao Encontro do Turismo por Encontrar – Moderação: Jorge Humberto - Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa
3. Condições e Oportunidades para a Criação de Atividades Económicas Tradicionais no Estuário do Tejo – Moderação: João Figueiredo - S. Energia
16:15h - Apontamento Cultural – “O Nosso Lugar é o Mundo” – Projeto Escolhas VA
16:30h - Apresentação dos trabalhos das oficinas e da assembleia de jovens
17:00h – Encerramento
Oficinas de Trabalho:
1. Desafios e Oportunidades da Plataforma Portuária do Barreiro
O projeto da Plataforma Logística (terminal de contentores do Barreiro) e a possibilidade de instalação do segundo aeroporto de Lisboa no Montijo colocam a parte norte da Península de Setúbal com condições muito diferentes à escala metropolitana, podendo gerar novas dinâmicas demográficas e empresariais que importa debater. Este processo com forte transformação do sistema local de transportes terá importantes impactos ao nível do território, sendo necessário aprofundar as questões estratégicas e perceber os seus possíveis reflexos nas condições de vida e de emprego na região.
Este projeto, representando um conjunto de investimentos e alterações relevantes, gera fundadas expetativas no campo da economia e do emprego, podendo ser uma oportunidade de requalificação social, económica e ambiental dos concelhos da Moita e Barreiro.
Esta oficina irá desenvolver-se a partir da apresentação de um conjunto de ideias estruturantes por parte de 3 oradores convidados: Artur Alves, Consultor da MARLO, empresa de transportes e logística e atualmente consultor da APL – Administração do Porto de Lisboa, João Figueira de Sousa, Professor associado da FCSH-UNL e consultor do Porto de Lisboa e Júlio de Jesus, Diretor Geral da Ecobase, Lda. que tem vasta experiência em estudos de impacte ambiental.
2. Ao Encontro do Turismo por Encontrar
Numa oficina sobre o turismo faz sentido falar, essencialmente, de turismo.
O turismo, quer no Barreiro quer na Moita, pode ter uma modesta dimensão., mas ainda assim existe. Baseado em empresas e oferta que importa ouvir. São elas o pulsar da atividade e a prova de que existem empresários e trabalhadores que afirmam, diariamente, o futuro do setor. O turismo como aquilo que ele é, uma “constelação de atividades”, abrange a restauração (o mais desenvolvido subsetor no Barreiro e na Moita), o alojamento (incluindo o alojamento local), as agências de viagens e a animação turística (empresas de percursos, de experiências e de turismo ativo).
Uma viagem por estas empresas é um percurso pelo “estado do setor” nestes dois municípios.
Esta oficina pretende divulgar experiências, razões e motivações. Procurará perceber o caminho que falta caminhar e as decisões que faltam tomar para que o turismo tenha também uma expressão à medida dos recursos e dos valores do Barreiro e da Moita.
Os convidados serão empresas “representativas” e de algum modo exemplares pela natureza e diferenciação da sua atividade, nos domínios da restauração, do alojamento e da animação turística. Teremos ainda um organizador de eventos procurando abranger a dinâmica de eventos e iniciativas que são uma das marcas destes dois municípios.
Mesa de Oradores: Alexandre Pires, do Restaurante Fondue, Pedro Moura, da Residencial de Santo André, Rui Pedro Dâmaso, da Associação Outra – Festival Out.Fest e Ricardo Conduto, do TejoConVida
3. Condições e Oportunidades para a Criação de Atividades Económicas Tradicionais no Estuário do Tejo
O rio Tejo e o seu estuário proporcionaram um lugar de abrigo e abundância aos povos que aqui se fixaram. Se nas suas águas se pescava e se transportavam mercadorias, nas suas margens, floresceram outras atividades, nem sempre conexas com as primeiras, mas que no seu todo constituíram, durante séculos, uma economia própria e identitária desta região. Com a industrialização das margens do Tejo, aliada à densificação humana do território e à falta de tratamento das águas fluviais e afluentes, as condições ambientais do estuário deixaram de suportar esta economia de base local, subsistindo até às últimas décadas apenas uma parcela residual. Findo o ciclo industrial, e com o início do tratamento das águas lançadas ao estuário, assistiu-se a um renascimento do rio, reiteradamente municiador de atividades económicas de caráter informal.
Com esta oficina pretende-se debater as condições e as oportunidades para a criação de atividades económicas tradicionais ligadas ao Estuário do Tejo.
Mesa de Oradores: Jorge de Miranda, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Frederico Pereira, da Federação dos Sindicatos do Setor da Pesca, João Navalho, da Necton – Companhia Portuguesa de Culturas Marinhas S. A., Samuel Pacheco, da Protagus, e Carvalho Rodrigues.