1. SITUAÇÃO
A mudança da situação meteorológica a partir de dia 1 de agosto, com o estabelecimento de um anticiclone sobre a Península Ibérica e o surgimento de um fluxo do quadrante leste, irá originar aumento significativo da temperatura e a descida da humidade relativa em Portugal continental.
Para 2 e 3 de agosto preveem-se temperaturas máximas de 35ºC na generalidade do território, com valores superiores a 40ºC no Alentejo, Vale do Tejo e Beira Baixa, podendo mesmo registar-se temperaturas de 45ºC nalguns locais.
As temperaturas mínimas acompanham esta subida, prevendo-se “noites tropicais” com temperaturas acima dos 20ºC, podendo mesmo ser superiores a 25ºC nalguns locais, em particular na noite de 2 para 3 de agosto.
Os valores da humidade relativa manter-se-ão sempre muito baixos durante o dia, evidenciando muito fraca recuperação a partir da noite de 1 para 2 de agosto.
Estão reunidas condições para a ocorrência de situações de instabilidade atmosférica, sendo estas mais prováveis a partir da tarde de 2 de agosto.
Esta situação meteorológica, de tempo muito quente e seco, deverá persistir pelo menos até dia 5 de agosto.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Estas condições configuram a ocorrência de índices de risco de incêndio muito elevados na região do Algarve e no interior Norte e Centro e elevados/muito elevados no baixo Alentejo, com agravamento previsto nas próximas 48 horas para o sotavento algarvio, esperando-se o aumento gradual do número de concelhos com risco máximo.
No domingo (5 agosto) prevê-se que ocorra o agravamento destes índices no interior Norte e Centro, com um número mais elevado de concelhos a apresentarem risco muito elevado.
Em função da previsão da evolução das condições meteorológicas esperam-se condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais.
Além disso, a exposição ao calor intenso pode produzir efeitos negativos na saúde, sendo as crianças, os doentes crónicos e as pessoas idosas particularmente vulneráveis.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
Recordamos que, de acordo com as disposições legais em vigor, não é permitido:
• Realizar queimadas, fogueiras para recreio ou lazer, ou para confeção de alimentos;
• Utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos;
• Queimar matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração;
• Lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes;
• Fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias que os circundem;
• Fumigar ou desinfestar apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.
E ainda alguns cuidados a ter face às condições meteorológicas previstas, nomeadamente quanto à realização de trabalhos agrícolas e florestais:
• Manter as máquinas e equipamentos limpos de óleos e poeiras;
• Abastecer as máquinas a frio e em local com pouca vegetação;
• Ter cuidado com as faíscas durante o seu manuseamento, evitando a sua utilização nos períodos de maior calor.
Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso na saúde mantenha-se informado, hidratado e fresco, pelo que a DGS recomenda:
• Procurar ambientes frescos (preferencialmente climatizados);
• Evitar que o calor entre dentro das habitações; correr as persianas, ou portadas e mantenha o ar circulante dentro de casa; refrescar a habitação e evite ligar fornos.
• Beber água ou sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
• Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas.
• Utilizar roupa solta (algodão), que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol;
• Utilizar protetor solar com fator > 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;
• Escolher as horas de menor calor para viajar de carro.
• Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol, nem deixe os animais domésticos no carro;
• Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos;
Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como:
• Crianças;
• Idosos;
• Doentes crónicos;
• Grávidas;
• Pessoas com mobilidade reduzida;
• Trabalhadores com atividade no exterior;
• Pessoas isoladas;
• Ofereça água aos recém-nascidos, crianças, pessoas idosas e pessoas doentes porque podem não manifestar sede;
• Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas específicas devem seguir as recomendações do médico assistente;
• As crianças com menos de seis meses não devem ser sujeitas a exposição solar, devendo evitar-se a exposição direta de crianças com menos de três anos (usar roupa e protetor solar >50).
4. INFORMAÇÕES
Em caso de dúvidas, contate o Serviço Municipal de Proteção Civil da Moita (smpc@mail.cm-moita.pt) , ou os Bombeiros Voluntários da Moita, ou as Forças de Segurança da sua área de residência.
Acompanhe o evoluir da situação meteorológica e os avisos meteorológicos e de segurança nos seguintes sítios da internet:
• Direção-geral da saúde: www.dgs.pt;
• Instituto Português do Mar e da Atmosfera: www.ipma.pt;
• Autoridade Nacional de Proteção Civil: www.prociv.pt.