O Nosso Lugar é um Mundo II
Documentário completo "O Nosso Lugar é um Mundo II - Artes":
Documentário completo "O Nosso Lugar é um Mundo II - Ofícios":
Documentário por autores:
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Janelo Kussondulola - Música
É um dos maiores nomes do reggae criado em Portugal e Angola. Uma carreira que leva já 22 anos, vários álbuns na bagagem e temas intemporais como “Dançam no Huambo”, Perigosa”, que fazem de Kussondulola uma banda cuja música “toda a gente” está preparada para cantar. É um nome de referência e expressão no segmento em que atua. Possui um público diversificado. A sua carreira tem-se caracterizado pelo pioneirismo na continuação de promover a cultura rastafari luso Angolana.
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Nuno Manso - Música
Nasceu em Lisboa em 1975, tendo dado os primeiros passos nas actas musicais na instrução primária com oito anos de idade. Frequentou o instituto de Música da Valentim de Carvalho onde estudou órgão através do método de ensino Yamaha. Tem o 4º ano do Conservatório Regional de Setúbal, onde frequentou o curso de Viola Dedilhada na classe do professor José António Magalhães. Frequentou igualmente o Conservatório Regional de Almada desde 1997 com o professor Arménio de Melo, onde estudou Guitarra Portuguesa, seu instrumento de opção. Durante 5 anos, leccionou Música, num centro de Ocupação dos Tempos Livres para Jovens, na Baixa da Banheira.
Realizou várias actuações desde 2000, quer em Portugal, quer no estrangeiro, sendo de salientar várias actuações com Luísa Amaro, que acompanhou Mestre Carlos Paredes em concertos por todo o Mundo.
Participou em trabalhos discográficos, nomeadamente, Chaparro "Amor Global" (Reggae) e Nick Hamilton intitulado “Twelve Old Songs”, Jens Persson (Suécia), "Jens".
Por especial encomenda da Câmara Municipal da Moita, compôs e gravou o tema “Nos Braços do Tejo”, integrado no CD-ROM de apresentação desse Concelho.
De destacar também que acompanhou o Côro da Brisa para o “14th International Festival of Advent and Christmas Music with Petr Eben Award” na cidade de Praga na República Checa, e o especial acompanhamento do Conservatório Regional de Setúbal representado pelos Paganinus e os Violinhos da Acordarte ao Orchestra Hall de Chicago nos EUA.
Continua a exercer actividade profissional no domínio da Engenharia, tendo estado emigrado em Oslo na Noruega. -
Jorge Fernandes - Pintura
Nasceu em Vila Cova de Alva, Arganil, em 1945, mas vive na freguesia da Baixa da Banheira desde os três anos de idade.
A sua vocação para a pintura surgiu cedo, mas nunca se transformou numa profissão. Trabalhou no comércio e indústria desde muito jovem, assim que terminou a instrução primária. Após a conclusão do curso geral do liceu, que frequentou no Barreiro, desenvolveu funções no Centro de Saúde da Moita, onde se manteve até a aposentação.
Desempenhou cargos diretivos em organizações associativas, culturais e desportivas. Dedicou-se ainda à atividade radiofónica, no extinto Rádio Clube da Moita, até ao encerramento desta estação. Foi autarca eleito nas primeiras eleições livres após o 25 de abril.
Nunca tendo ambicionado profissionalizar a sua paixão pela pintura, a ela se dedicou, desde sempre. Por isso, decidiu frequentar o curso geral de Artes Visuais da Escola António Arroio. Expõe com alguma frequência, sendo as paisagens rurais e marinhas os temas que mais o apaixonam. -
Alex D'Alva - Música
Alex D’Alva Teixeira nasceu em 1990. Ben Monteiro em 1980. Há quase uma década a separa-los, mas a divisão acaba aí. A música que fazem juntos é agregadora e nunca separatista. Mesmo quando se arriscam a misturar influências tão díspares como Michael Jackson, Spice Girls e James Blake. É isso, aliás, o que o mote ‘Somos D’Alva’ sugere: a ideia de inclusão, de o todo ser maior do que a soma das partes. Sejam elas musicais, raciais, etárias, sociais ou religiosas.
Foi com essa premissa que lançaram o disco de estreia #batequebate, assim mesmo com a hashtag, revelando um sentido oportuno de actualidade, de quem está intrinsecamente no seu tempo. Na era das redes sociais e num mundo cada vez mais dado à mestiçagem, os D’ALVA são exímios em transformar todas estas referências fragmentadas em favor da união.
Prova disso mesmo são os espectáculos ao vivo da banda lisboeta, cujo código genético é multirracial: tanto Alex como Ben cresceram na Grande Lisboa, mas são filhos de pai africano e mãe nascida no Brasil. Essa herança étnica e cultural transporta-se para palco com a liberdade e a energia próprias dos trópicos, cruzada com um forte espírito estético pop. Não é por isso de estranhar a nomeação para os Portugal Festival Awards, na categoria de Melhor Actuação ao Vivo – Artista Revelação.
Em poucos meses, mostrando a sua versatilidade, os D’ALVA foram convocados para actuar para multidões nos festivais NOS Alive e Sol da Caparica e em salas mais intimistas, como o Theatro Circo de Braga.
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Joel Gomes - Literatura
Olá, se não trocaram a minha foto com a de outra pessoa, sou o tipo todo jeitoso cuja foto aparece a cima deste texto que está a ler. O meu nome é Joel G. Gomes, mas muitas pessoas tratam-me por João, talvez porque ouvem mal, talvez porque eu não fale alto o suficiente. Sou escritor desde há muito tempo, mas ainda não faço vida disso, apesar de todo o tempo que invisto nesta actividade.
Resido na Moita, terra que serviu de palco para o meu segundo romance, A Imagem, uma história de drama e fantasia, sobre o qual falo um pouco neste documentário que irá ver, ou já viu, ou está a ver. (Se for a última, pare de ler e preste a atenção ao filme!) Além desse, escrevi mais outro romance, Um Cappuccino Vermelho, guiões para curtas-metragens, para séries televisivas que não chegaram a acontecer, para filmes que podiam ter acontecido de outra forma, e contos que, graças à Internet, têm encontrado leitores um pouco por todo o mundo.
Neste preciso momento estou a escrever esta nota biográfica a pedido da Sofia, mas boa parte do resto do tempo é passado a trabalhar numa série literária que combina sobrenatural com investigação policial que tem por título O Mal Humano. Se o wi-fi do sítio onde está estiver a funcionar vá a www.joelggomes.com para saber mais sobre este e outros projectos meus.
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Carlos Bravo - Música
Nasce em 1946, desde cedo teve pretensões de aprender música, guitarra, composição e orquestração, desde cedo porque uma das pessoas que o inspirou foi o seu Pai. Esta paixão foi-lhe passada e alastrou-se muito rapidamente num curto espaço de tempo, levando-o também a viajar, aprender, conhecer pessoas/músicos, explorar um mundo que sem música não seria igual.
Começou a sua formação superior em guitarra clássica (1970-1974), na Escola do Professor Duarte Costa, onde também leccionou. Teve aulas particulares de guitarra eléctrica com Carlos Meneses, entre muitos outros. Em simultâneo ingressou na Academia de Amadores de Música de Lisboa, onde conheceu o Mestre Fernando Lopes Graça, o qual sempre fez parte dos apoios no seu percurso profissional. Concluiu os seus estudos em 1976.
Obteve a carteira profissional nº2507 em 1977, com a presença do corpo de júri composto por Correia Martins (maestro/guitarrista), Taneco (trompetista orquestra emissão nacional) e Jorge Machado (maestro/pianista). Estudou piano na Academia de Música de Belas Artes Luísa Todi (1980 – 1983), acompanhou de perto a “implementação” do Jazz em Portugal e participou em inúmeros workshops de músicos/amigos. Foi influenciado por diversos músicos guitarristas dos quais se salientam: Kenny Burrel, Barney Kessel, Joe Pass, Wes Montgomery.
Fundou a Escola de Música ABC Musical na Baixa da Banheira, onde lecciona desde 1986, guitarra clássica, guitarra eléctrica e formação musical. Coordenou as actividades extra-curriculares no distrito de Setúbal.
Realização de trabalhos discográficos e em directo para RTP 1 (1992-1993).
Direcção/Solista/Guitarra Ritmo de formações como: “Os Betes” (1964); “Sequência” (1976); “Primavera” (1971); “Objectivo” (1971); “Latins Club” (2007); Carlos Bravo Trio (2008), entre outros.
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J. Pac - Música
J.Pac é uma banda criada em março de 2013, que compõe originais em português. O seu primeiro trabalho "Pontos de Vida", ainda não editado, teve a sua apresentação ao público em junho de 2014. A partir desta data, o grupo nunca mais parou e tem realizado diversos concertos.
Atualmente, o grupo conta com a participação de 4 elementos, todos com formação/experiência musical, adquirida ao longo da carreira.
Um estilo de música pop/rock, com uma nova forma de fazer música, onde a mensagem da composição escrita transmite algo a ter em conta.
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B Skilla - Música
Apaixonado desde pequeno pela cultura Hip Hop, B Skilla aprendeu cedo a compor e a expressar as suas ideias através do Rap. Começou por dançar como bboy na Krew Wildrockers em 2001, integrando-se um ano depois na Krew 12 Macacos onde, entre oleados, jams, shows e battles de Break Dance, cresceu enquanto artista.
B Skilla já actuou em Portugal, com concertos de norte a sul do país - CCB, Avante, Fnac’s, Musicbox, Festival 7Mil em Évora, Festas H2Tuga, entre outros – mas também em Angola e em várias actividades solidárias e de cariz social na zona onde vive (Baixa da Banheira e Moita).
Desde a sua aparição na mixtape “De Volta ao Serviço” do Deejay CruzFader, ao primeiro álbum de originais “(R)Evolução” lançado em 2011 e cujo single e mais três temas entraram na banda sonora do filme e série televisiva “Bairro”, B Skilla mantém uma sonoridade fresca aliada a rimas conscientes.
O álbum “Abre a Caixa e Sai” é o segundo álbum de originais de B Skilla. O rapper e Mc da Margem Sul regressa em força e apresenta agora um álbum conceptual que nos desafia a pensar por nós mesmos, sem influência das opiniões dos outros, quer seja do sistema, dos professores ou até por vezes, da família. Um álbum feito a pensar fora da caixa. Por nós mesmos, sem palas nem barreiras. Produzido por Maf, SP, J-Cool, Zimous e Condutor, desde story telling ao ego trip, este trabalho apresenta uma forte diversidade sonora. Do Reggae ao Soul, do Dance Hall ao Boom Bap, trata-se de um álbum maduro onde B Skilla através das suas rimas, aprofunda a sua experiência e ponto de vista em questões como o sistema, estilos de vida, disciplina, família e trabalho, entre outros.
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Mário Ventura - Cinema
Mário Ventura nasceu no Barreiro em 1989. Foi através da MTV e da participação num programa da RTP que descobriu o mundo por trás das câmaras. De forma entusiasta e amadora começou a explorar a captação e a edição de vídeo filmando um grupo de amigos que dançava nas ruas. Em 2010 formou-se em realização na E.T.I.C. – Escola Técnica de Imagem e Comunicação, em Lisboa. Começou a trabalhar como operador de câmara e pós-produtor em documentários e vídeos promocionais, diversificando a sua experiência na área do cinema, televisão e vídeo.
Foi um dos oito argumentistas selecionados por Guimarães 2012 -Capital Europeia da Cultura, no concurso público "Curtas Novais Teixeira", destinado a primeiras obras de jovens cineastas nacionais. Esta seleção permitiu a realização da sua primeira curta-metragem de ficção que já passou por vários festivais internacionais.
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SAF | Somos a Família - Música
SAF - Somos A Família - oficialmente fundado em 2015 por um grupo de amigos do mesmo bairro social, que depois de várias experiências próprias, erros, derrotas e aprendizagens do "mundo real", decidiram com independência total, meter as suas paixões e visões em prática, ao mesmo tempo trabalhando com união, lealdade e persistência máxima. A música, sendo a paixão já enraizada pela nossa cultura, foi uma das vias usadas para transmitir várias mensagens, que com o tempo ganharam visibilidade e em consequência os nossos princípios, valores, diferentes habilidades e o próprio espírito de empreendedorismo foi ganhando respeito e reconhecimento.
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Vitor Moinhos - Pintura
Natural de Lisboa. Autodidacta. Curso de Pintura, Câmara Municipal do Barreiro, Curso de Pintura Desenvolvimento/Projecto - Centro de Artes Plásticas do Barreiro (Artesfera), Workshop de Pintura de retrato na SNBA, Projecto “Ágora” – Museu Colecção Berardo/2016.
Mais de uma centena de exposições individuais e colectivas no país e estrangeiro. Passagem pela música, teatro, poesia e rádio. Premiado em concursos de Pintura e cartazes publicitários. Autor de Postais ilustrados, Capas e ilustrações para Livros de Poesia, Associativismo e Biografias. Representado em diversas coleções institucionais e particulares no País e Estrangeiro.
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Zé Bacalhau - Música
José Simões Dias, de nome artístico Zé Bacalhau, começou a tocar clarinete aos 13 anos, na Sociedade Filarmónica Capricho Moitense. O apelo da música não mais o largou, e dois anos depois passou ao saxofone. Teve várias incursões pelo jazz, com destaque para o trio “Codefish Band”, onde tocava saxofone, acompanhado por um piano e contrabaixo.
Dedicou-se também ao ensino da música, e de há seis anos para cá tem vindo a desenvolver trabalho com um grupo que começou por ser de crianças e que é hoje composto por seis jovens adolescentes. Ensina clarinete, saxofone e flauta transversal.
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João Ramos - Fotografia
João Ramos nasceu em Alhos Vedros em 1981. Autodidacta em fotografia, esta representa para si um complemento a nível expressivo e artístico. Entre 2007 e 2016, participou em diversos projetos fotográficos e exposições coletivas. Destaca-se também a exposição fotográfica individual “Distância que nos une”. Possui diversos trabalhos publicados em galerias online da especialidade e concorre com alguma regularidade a concursos fotográficos, tendo já obtido alguns 1ºs prémios e menções honrosas. Em 2014, é o fotógrafo convidado pela CACAV a participar no Projeto Fotográfico "Alma do Rio", integrada nas Comemorações do 91º Aniversário do Nascimento de Augusto Cabrita.
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Brigada da Terra - Música
Projeto que tem por base a experiência trazida por dois elementos de grupos emblemáticos da música tradicional portuguesa, como a “Brigada Vitor Jara” ou “Terra a Terra”. A estes juntaram-se outros elementos para iniciar um projeto com características inovadoras, que cruza influências africanas com a música tradicional portuguesa e o fado.
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Leonel Coelho - Literatura
Leonel Eusébio Coelho nasceu em 1933, em Ortiga, concelho de Mação. Filho de pai corticeiro e mãe camponesa, desde cedo se habitou a mudar de terra, consoante o trabalho do pai. É assim que aos 12 anos vai morar para o Montijo e depois para Alhos Vedros.
Foi na CUF que começou a ter contacto com anti-fascistas e a participar em debates e colóquios com carácter político. Está ligado desde sempre ao movimento associativo, nomeadamente à Academia Musical e Recreativa 8 de Janeiro, em Alhos Vedros. É o criador e organizador da Feira do Livro de Alhos vedros, que em 2016 assinalou 45 anos de existência.
Dedica-se à escrita e tem vários livros editados, entre contos, prosa e poesia, onde retrata as suas vivências e aquilo que vê no dia-a-dia.
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Grupo Musical Vozes da Planície - Música
Fundado em 2002, o grupo musical Vozes da Planície é um grupo de música popular alentejana, que pretende contribuir para a divulgação da música e do cante alentejano. As suas apresentações, um pouco por todo o país, prestam homenagem ao cancioneiro alentejano e à sua enorme riqueza. Com raízes profundas no Alentejo, o grupo é composto atualmente por sete elementos, vindos na sua maioria do distrito de Beja, distribuídos por três violas, uma viola baixo, bombo, acordeão e vozes.
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Marcolino Fernandes - Pintura e Literatura
Começou a pintar para tentar resgatar algumas imagens da memória colectiva de infância, década de 1950, no intuito de preservar, divulgar e perpetuar, através da pintura, mas não só, as reminiscências dessa vivência passada, cuja temática abarca os barcos do rio Tejo e suas gentes.
Os seus trabalhos, sobre a preservação da memória colectiva, incluem também a publicação de dois livros: “Marítimos Seus Modos de Vida” e “Os Filhos da Borda do Mar”. Mais tarde escreveu mais dois livros: “Barreiro-Tejo-Lisboa – Histórias de uma Travessia” e “Fragateiros do Tejo”. Este último livro foi editado em Junho de 2012 pela Marinha do Tejo, através da livraria ORFEU.
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Patche Di Rima - Música
Patche Di Rima conta com muitas participações que têm marcado o seu percurso de artista aberto a partilhar e participar em eventos sociais e apoios particulares. Aproveita todas as suas experiências para amadurecer cada vez mais os seus trabalhos e futuras participações artísticas.
Bissau foi a terra onde Patche despertou para o mundo da música, em 2000, incentivado pelo Grupo Cultural Juvenil ´´Vatos Locos´´ e Cicero Spencer Gomes.Na sua primeira participação em palco demonstrou os seus dotes musicais, obtendo o 2º lugar no concurso promovido pelo FNJP e FNUAP no Instituto Nacional de Cinema de Guiné Bissau. Na sua 2ª participação no concurso, desta vez com o tema ´´Mulher e Desenvolvimento´´, obteve o seu primeiro sucesso, conquistando o 1º lugar.
Ainda no mesmo ano participou com duas faixas da sua autoria na compilação ´´AFRICA MIX´´, com resultados importantes para conquista do seu espaço como novo artista africano.
Em 2001 Patche tornou-se uma celebridade no seio da sociedade guineense, através da sua boa música e de bom carácter, empenho e dinamismo. No mesmo ano fazia parte da banda musical Solo Crioulo, mais tarde como Mantambeza. Em 2003, não era apenas um músico promissor da Guine Bissau, mas também animador de campanhas de prevenção contra doenças contagiosas e em matéria de defesa das mulheres e crianças. No mesmo ano conquistou num festival de referência nacional o prestigio para apostar com confiança numa carreira musical, que não mais tem parado de crescer.
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Luís Morgado - Pintura de Murais
Sou moitense, nasci no primeiro domingo de outubro 1951 numa casota que já não existe, próxima da cancela da antiga estrada para Palmela.
Sem a benção de Deus por vontade do Pai, mas logo saudado pelo comboio das seis e trinta cinco que antes da cancela teve de apitar três vezes, mesmo na hora em que minha mãe me pariu e que eu gritei pela primeira vez.Frequentei a escola até ao secundário, optando ainda na adolescência por um projecto de vida que integrou o activismo associativo e a luta pela liberdade - as profissões, de onde exalto a de torneiro mecânico, foram muitas e indiferenciadas, mais das vezes de recurso a fugir do desemprego. Sempre ligado ao associativismo, destaco o activismo sindical pela luta que nunca vai acabar e a abertura que me deu, para na agitação até começar a pintar paredes. Foi assim que comecei a gostar de pintar murais. Agora desculpem-me, mas falar de mim em mais de dez linhas, faz-me pensar em coisas de que não gosto...
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Carmen Garcia - Música
Espanhola de nascimento, em Chiclana de la Frontera, província de Cádiz, filha de mãe andaluza e pai português, veio para Portugal ainda criança, radicando-se anos mais tarde na Baixa da Banheira.
Começou a cantar e dançar aos 7 anos, tendo sido convidada pouco depois pelo Ginásio Atlético Clube para uma atuação de beneficência. Frequentou a escola do professor Raúl Mota na Casa das Beiras, e preparava-se para ir ao programa de rádio “Nasceu uma Estrela”, na Emissora Nacional, embora não tenha sido autorizada pelo pai a participar, o que muito a desgostou.
Conheceu o marido num arraial de Santo António, a tocar guitarra junto às fogueiras em frente a sua casa. Foi a primeira mulher a cantar fado nas rádios locais. Frequentou coletividades e deu espetáculos por todo o país. Foi gerente da Tertúlia Moitense, do Solar Caído em Alhos Vedros e proprietária do Café Moderno no Lavradio/Barreiro, entre outros. Viveu na Alemanha, percorreu a Suíça, Holanda, Luxemburgo e onde houvesse portugueses. Regressou a Portugal onde continuou a carreira artística. Teve uma longa paragem após o falecimento da filha e deixou tudo para trás. A voz que tem em si ficou adormecida, mas não morreu. Oito anos depois volta à música, retomando essa grande paixão, com forças renovadas para abraçar novos projetos musicais.
Ficha Técnica
Realização e imagem
Margarida Leitão
Produção
Departamento de Assuntos Sociais e Cultura / Divisão de Cultura e Desporto / Sofia Figueiredo
Realização, imagem e Som
Margarida Leitão
Montagem
João Braz
Margarida Leitão
Genéricos, Pós produção de Imagem e Som
João Braz
2017