Neste ano, o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, é vivido em circunstâncias difíceis, em resultado da pandemia e da crise económica e social que lhe está associada. Mas esta situação só torna mais evidente a importância deste dia ou, melhor dizendo, a importância do tema da igualdade de direitos entre mulheres e homens e o combate a todo o tipo de discriminação entre sexos.
É reconhecido que em períodos de crise são, em regra, as mulheres as primeiras e as que mais duramente são atingidas, até porque são elas que assumem o principal papel como cuidadoras, quer das crianças, quer dos idosos. A situação atual só vem agravar as discriminações que persistem, mesmo sem crise: desigualdade salarial, desigualdade no acesso a cargos de direção, desigualdade em geral na sociedade e na repartição de responsabilidades e tarefas na vida familiar. E, nunca o esqueçamos, são as mulheres as principais vitimas de violência doméstica, realidade que continua a ter uma expressão terrível, designadamente no nosso país, e que urge repudiar, combater, eliminar.
No Município da Moita, e na Administração Pública em geral, a situação é, apesar de continuarem a existir desigualdades, bastante melhor. Na Administração Pública, os salários são iguais, ao contrário do que acontece generalizadamente no setor privado. No nosso Município, há mais trabalhadoras que trabalhadores; há mais mulheres em cargos dirigentes e há, em geral, uma prática de igualdade total entre homens e mulheres.
É isso que ambicionamos para toda a sociedade e é para alertar para as desigualdades e injustiças e para defender o seu fim que se comemora o 8 de Março. É para que todos, mulheres e homens, tenham direitos, justiça, igualdade, uma vida melhor. Por isso, sempre o assinalámos e, neste ano, em que não é possível um contacto direto, fica esta mensagem que pretende ser de homenagem e agradecimento a todas as mulheres do concelho da Moita.
Rui Garcia
Presidente da Câmara Municipal da Moita