Este ciclo de cinema está integrado no Projeto em Rede “Olhar Augusto Cabrita” que reúne vários parceiros numa homenagem a Augusto Cabrita, enquanto cineasta e diretor de fotografia, recordando a sua obra e, simultaneamente, dando a conhecer, ao público em geral, a obra do mestre.
As curtas-metragens de Augusto Cabrita – Hello Jim, Amália Canta “Oiça Lá ó Sr. Vinho e “Uma História de Comboios – Uma Viagem de Hans-Christian Andersen –, e os filmes Belarmino, Catembe e as Ilhas Encantadas são as propostas deste ciclo de cinema.
A entrada é gratuita.
7 DE MAIO, 21:30H
3 Curtas-metragens de Augusto Cabrita | Portugal | M/12
Hello Jim (1970)
Primeiro filme realizado a solo por Augusto Cabrita, com música de Carlos Paredes.
Amália Canta “Oiça Lá ó Sr. Vinho” (1971)
Um videoclip com Amália Rodrigues, filmado em Technicolor.
Uma História de Comboios – Uma Viagem de Hans-Christian Andersen (1978)
Filmado no Ribatejo, Lisboa, Barreiro, Sintra e Arrábida, a partir do livro de Hans Christian Andersen, “Uma Viagem a Portugal” (1866). Música de Fernando Lopes Graça.
14 DE MAIO, 21:30H
Belarmino (1964), 72 min. | Portugal | M/12
Realização: Fernando Lopes.
Direção de Fotografia: Augusto Cabrita
Primeira longa-metragem de Fernando Lopes e um dos filmes-chave do cinema novo português, para o qual terá contribuído, de forma determinante, a fotografia de Augusto Cabrita. Utilizando processos idênticos aos do cinema direto, o filme traça, entre o documentário, a ficção e a entrevista, o retrato de um antigo lutador de boxe, Belarmino Fragoso, acompanhando as suas deambulações por uma Lisboa que já não existe, num passeio por antigas salas de cinema e clubes noturnos onde a solidão, o medo e a derrota se cruzam.
21 DE MAIO, 21:30H
Catembe (1965), 80 min. | Portugal | M/12
Realização: Faria de Almeida
Direção de Fotografia: Augusto Cabrita
Uma das primeiras interpretações críticas sobre a realidade colonial, Catembe distingue-se pela sensibilidade estética, à qual não é alheio o contributo de Augusto Cabrita na fotografia. Este documentário procurou fixar o quotidiano de um bairro popular de Lourenço Marques, alternando, antes dos cortes impostos pela censura do regime salazarista, sequências de ficção com sequências documentais. A sua exibição acabou por ser proibida durante o Estado Novo, tendo figurado no Guinness como o filme na história do cinema que mais cortes sofreu pela censura.
28 DE MAIO, 21:30H
As Ilhas Encantadas (1965), 98 min. | Portugal e França | M/12
Realização: Carlos Vilardebó
Direção de Fotografia: Augusto Cabrita e Jean Rabier
Filme franco-português adaptado da novela de Herman Melville e rodado no arquipélago da Madeira, onde a fotografia de Augusto Cabrita é desde logo reconhecível, em colaboração com o francês Jean Rabier (que trabalhou, entre outros, com Claude Chabrol). Envolto por uma aura de filme maldito, ficou marcado por ter sido a única interpretação de Amália Rodrigues exclusivamente como atriz. No papel de uma mulher abandonada numa ilha inóspita, a fadista tem poucas falas e nunca canta, numa personagem trágica, de heroína grega, revelando um talento dramático poucas vezes explorado na atriz.